Saturday, December 23, 2006

CINE ECO 2006 - Extensão Serpa

Dezembro 11, 2006

Cine’Eco em Serpa

O Cine’Eco – Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Ambiente da Serra da Estrela descentraliza, este ano, a sua edição a terras do sul, designadamente a Serpa e Albufeira.
Trata-se de um certame que se tem afirmado no panorama nacional e internacional, sendo considerado dos melhores festivais europeus de cinema de ambiente, dada a qualidade dos filmes a concurso, que habitualmente são enviados de todos os cantos do mundo.
Assim, de 11 a 15 de Dezembro, o cineteatro de Serpa vai receber a maioria da programação do CineEco, que recebeu o Prémio Nacional do Ambiente 2006, com horários para escolas e público em geral.
Ainda no dia 11, pelas 19 horas, Lauro António participa na mesa-redonda “Bom Cinema e Bom Ambiente”.
O Cine Eco é promovido pela Inatel de Beja e a Câmara Municipal de Serpa.

Programação

Dia 11 – Segunda-feira
10h00
PEIXE FRITO, de Ricardo George de Podestá, Brasil, 2006, 7’;
QUANDO A ECOLOGIA CHEGOU, de Pedro Novaes, Brasil, 2006, 50’
15h00
OS QUATRO ELEMENTOS, de Janek Pfeifer e Joaquim Pavão, Portugal, 2006, 20’;
AINDA HÁ PASTORES?, de Jorge Pelicano, Portugal, 2006, 80’ Prémio Lusofonia e Menção Honrosa do Júri da Juventude
18h00
OVAS DE ORO, de Manuel Gonzales, Chile, 2005, 63’;
19h00
MESA REDONDA: “Bom Cinema e Bom Ambiente” – Com Lauro António
21h30
FERIDAS ATÓMICAS, de Marc Petitjean, França, 2005, 52; Menção Honrosa / Grande Prémio do Júri da Juventude
O ATAQUE DO TIGRE, de Sasha Snow, Rússia, Inglaterra, 2005, 62’ Grande vencedor do CineEco 2006 e Menção Honrosa pelo Júri da Juventude

Dia 12 – Terça-feira
10h00
BARTÓ, de Luís Botosso e Thiago Veiga, Brasil, 2005, 7’;
KIARASA YO SATI, O AMENDOIM DA CUTA, de Komoi Panará e Paturi Panará, Brasil, 2005, 81’ 2 Menções Honrosas: Júri Internacional e do Júri da Juventude
15h00
OURO BRANCO – O VERDADEIRO PREÇO DO ALGODÃO, de Sam Cole, Itália, 2005, 8’; Prémio “Educação Ambiental”
O PROFETA DAS ÁGUAS, de Leopoldo Nunes, Brasil, 2005, 83’
18h00
GIOVANNI E O MITO IMPOSSÍVEL DAS ARTES VISUAIS, de Ruggero Di Maggio, Itália, 2006, 19’; Prémio “Camacho Costa” e Melhor Curta-Metragem, pelo Júri da Juventude
49, de Ichiro Iwano, Japão, 2006, 10’; Melhor Animação pelo Júri da Juventude
TERRA EM MOVIMENTO, de Michele Citoni, Ângela Landini, Ettore Sinlschlchi, Itália, 2006, 80’

Dia 13 – Quarta-feira
10h00
O CORREDOR DESCALÇO, de Filipe Y, Portugal, 2006, 4’;
ÁGUAS AGITADAS, de Bernardo Ferrão, Portugal, 2005, 30; Prémio “Água”
DA PELE À PEDRA, de Pedro Sena Nunes, Portugal, 2005, 40’ Menção Honrosa
18h00
O CERCO, de Nacho Martn e Ricardo Iscar, Espanha, 2005, 12’;
NANDINI, de Helle Ryslinge, Dinamarca, 2006, 57’
21h30
CARPATIA, de Andrzej Klamt e Ulrich Rydzewski, Alemanha, 2005, 127’;

Dia 14 – Quinta-feira
10h00
O FOLE – UM OBJECTO DO QUOTIDIANO RURAL, de Carlos Eduardo Viana, Portugal, 2006, 33’;
RESERVA NATURAL DO ESTUÁRIO DO SADO, de João P. Fernandes, João Dias, Nelson Silva, Portugal, 2006, 20’
15h00
BRASIL, de Ângelo Lima, Brasil, 2006, 8’;
DOUTOR ESTRANHO AMOR (ou como aprendi a amar o preservativo), de Leonor Areal, Portugal, 80’
18h00
OS CARANGUEJOS DE CAPE MAY, de Annie Tellier, Canadá, 2005, 7’;
O PICADOR DE PEDRA, de Branko Istvancic, Croácia, 2005, 20’;
OS REFUGIADOS DO PLANETA AZUL, de Jean-Philippe Duval e Héléne Choquette, Canadá, 2006, 53’ Prémio Humanidade pelo Júri da Juventude
21h30
A REVOLUÇÃO DOS CARANGUEJOS, de Arthur de Pins, França, 2005, 5’;
TESHUMARA, AS GUITARRAS DA REVOLTA TUAREG, de Jérémie Reichnbach, França, 2005, 51’;
O CAVALO OPERÁRIO, de Alain Marie, França, 2005, 62’; Prémio “Antropologia Ambiental”

Dia 15 – Sexta-feira
15h00
GANGES: RIO PARA O PARAÍSO, de Gayle Ferraro, EUA, 2005, 78’;
GHARAT, de Pankas Rishi Kumar, Índia, 2005, 40;
18h00
O FUMO, de Vladimir Perivic, Montenegro, 2006, 26’;
GAMBIT, de Sabine Giseger, Suiça, Finlândia, 2005, 107’

Arquivado em: Cultura por: claudioj @ 10:42 pm
In “Alentejo Magazine”

Saturday, December 16, 2006

CINE ECO EM ALBUFEIRA


CINE’ECO NO ALGARVE PELAS MÃOS
DO INATEL E DE LAURO ANTÓNIO

O Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Ambiente da Serra da Estrela, mais conhecido como “Cine’Eco”, é uma iniciativa que a Câmara Municipal de Seia, através da sua empresa municipal e em parceria com várias entidades, tem vindo a realizar, anualmente, em meados de Outubro, desde 1995. Trata-se de um certame que se tem afirmado no panorama nacional e internacional, sendo considerado dos melhores festivais europeus de cinema de ambiente, dada a qualidade dos filmes a concurso, que habitualmente são enviados de todos os cantos do mundo. O Festival, que decorre na Casa Municipal da Cultura, tem uma componente competitiva mas contempla, igualmente, vários ciclos de cinema, além de um conjunto de outras iniciativas paralelas, como sejam exposições, concertos e palestras.
A presença em Seia durante os 10 dias em que decorre o festival de realizadores, actores e outras figuras do mundo do espectáculo, costuma ser também um factor positivo para uma cidade situada no interior do país.
No intuito de alargar a iniciativa a outros locais foram criadas várias extensões daquele festival, uma delas em Albufeira, com o apoio do INATEL. Foi assim que durante quatro dias, decorreu, na Sala Vasco da Gama, do Centro de Férias do INATEL em Albufeira, um ciclo de cinema dedicado ao Ambiente. Em Albufeira foram visionados 20 filmes, escolhidos entre cerca de seis dezenas os quais foram apuradas para o Cine’Eco 2006.
Salienta-se que este Festival tem, cada vez mais adeptos, tendo sido recepcionados, para a edição de 2006, mais de 400 filmes. António Colaço, delegado regional do Inatel nos distritos de Beja e Faro, justificou a iniciativa dizendo: «o ordenamento do território e os problemas ambientais são pontos importantes para o desenvolvimento do Algarve. Consideramos que trazer preocupações ambientais que se fazem sentir noutros países, é um elemento importante para que os algarvios tenham uma maior noção dos problemas ambientais à escala global. Vamos também fazer um esforço para levar estas projecções ao interior do concelho», concluiu. Lauro António, director técnico do Cine’Eco, reiterou a motivação veiculada por António Colaço e explicou que «este ano, a ideia foi criar extensões em vários pontos do país». Quanto às temáticas
apresentadas, é importante referir que todas elas gravitam em torno da água, principalmente nos países africanos; da ocupação do território; da poluição e da relação entre o homem e o meio. Saliente-se ainda que este festival recebe curtas, médias e longas-metragens, de animação, ficção e documentários, havendo ainda espaço para os clássicos e grandes produções cinematográficas. De entre os 60 filmes apurados para a edição de este ano, o júri atribuiu dois grandes prémios: o Prémio Especial de Lusofonía, ao filme “Ainda Há Pastores?” de Jorge Pelicano, (Portugal, 2006); considerado a melhor obra a concurso, produzida e realizada em país lusófono; e o Grande Prémio – Câmara Municipal de Seia, ao filme “ O Ataque do Tigre” (Conflict Tiger) do realizador Sasha Snow (Rússia, 2005), atribuído à obra que é considerada a melhor entre todas as presentes a concurso, em qualquer categoria de temática ambiental.

“Ainda Há Pastores?”
Jorge Pelicano Nasceu em 1977 na Figueira da Foz. É licenciado em Comunicação e Relações Públicas e, actualmente, frequenta o 2º ano de Mestrado em Comunicação e Jornalismo na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. É repórter de imagem freelancer para a SIC televisão, desde 2001. “Ainda há Pastores” é o seu primeiro filme documentário a concurso, o qual tem uma duração de 80 minutos. Sinopse: “Há lugares que quase não existem, como Casais de Folgosinho, que nem sequer é um lugar. Não há luz eléctrica, não corre água canalizada, não há estradas. Perde-se no silêncio de um vale entre as montanhas da Serra da Estrela. Em tempos foi um autêntico santuário de pastores. Hoje os velhos morrem, e os novos fogem da dura sina de ser pastor. 365 dias por ano. Hermínio, 28 anos, contraria o fim. Dizem que é o pastor mais novo, mas também o mais doido. O futuro de Hermínio é inquietante. Até quando o jovem Hermínio será pastor? Mas...ainda há pastores?”
“O Ataque do Tigre”
Sasha Snow é fotógrafo de arquitectura antes de surgir como montador na BBC, em 1991. Em 1997 ganha o BAFTA/Post Office Scholarship para Melhor Filme de Estudante, com “Peace Under A Power Station”, enquanto estuda realização documental The National Film & Television School. Em 2002 diploma-se com o seu primeiro filme rodado na Rússia, “A St. Petersburg Symphony”. Seguem-se ‘Arctic Crime & Punishment’ e ‘Conflict Tiger’, este último, a concurso no Cine’Eco 2006 tem uma duração de 61 minutos. Sinopse: “Nas florestas do Leste Russo, um caçador inexperiente e insensato provoca uma infame série de ataques de tigres nas pessoas do vilarejo. As autoridades locais convocam os serviços de Yuri Trush, um especialista em seguir e eliminar os tigres que perderam o seu medo do homem. “Conflict Tiger” mostra a mais notável perseguição de Yuri a um tigre comedor de gente como base de um documentário de suspense…”
In “Notícias de Albufeira”, 15 de Dezembro de 2006